quarta-feira, 13 de julho de 2011

Foi uma viagem (4)...

Novo post no site que sou colunista e na seção do meu blog.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Justo junto

Tem o banco do juntos e o banco dos justos! O banco do juntos é perfeito, está em todo canto e de todas as cores. Sempre a sua disposição, para ajudar no que você precisar; o gerente é um amor, toma cafezinho contigo e os clientes não precisam se esforçar para entender a difícil marcação no chão para facilitar a organização. Pois lá não existe fila!

Além de você poder acessá-lo de qualquer parte do mundo, os colaboradores são tão gentis que fazem plantão para lhe atender e até mudam horários de almoço para prestar o melhor serviço a quem precisar ir até uma agência. Ou seja, acabou aquela história de que eles abrem tarde e fecham cedo. Eles trabalham, e muito, para sua comodidade.

Oferecem serviços que, até então, não precisávamos e nem mesmo sabíamos que tínhamos necessidade, facilitando nossas vidas e se antecipando para oferecer soluções que podemos contratar, sem desconfiar, bastando assinar contratos bem explicados, com letras grandes, legíveis, simples, de poucas vias e sem siglas, como aquelas dos extratos.

A vida já é tão dura que, realmente, faltava alguém ou uma entidade, que nos estendesse o tapete vermelho para podermos pisar sem medo, demonstrando extrema preocupação conosco, nos fazendo viver um sonho. E isso, claro, só podia ser coisa do banco do juntos mesmo! Eles, praticamente, salvam o mundo e são os super heróis, pessoas jurídicas!

O banco do juntos tá na moda e na mídia. Já o dos justos não existe! A não ser na publicidade daquele mesmo do juntos! Mas você pode ter a experiência de investir suas finanças num lugar lícito sem sair de casa. Já esqueceu do colchão!? A grana pode não render a noite, mas certamente dormirá tranquilo sabendo que pela manhã ele estará lá.

Um bom negócio, nunca é um negócio bom, quando só é bom para um lado. Um mundo melhor não precisa de banco. Precisa é de melhor distribuição de renda. Hospitalidade e respeito não tem a ver com sorrisos falsos; belas fachadas e muito menos portas giratórias que só barram inocentes, separando classes. Seja justo que só assim estaremos juntos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Game lost

O último teba não é avuão! É bom que isto fique bem claro para não ter reclamação depois. E por isso mesmo que já aviso desde o início: O último teba não é avuão, falou!? Entendeu!? Não!? Nem eu... Mas não se preocupe. Vou tentar explicar. Se é que isso é possível, já que nem mesmo eu tenho ideia do que se trata essa espécie de dialeto tribal.

Essa frase eu ouvi, a mais ou menos vinte anos, de um menino que morava na praia, enquanto jogávamos bolinha de gude na terra. Que coisa antiga isso né? Fiquei até com vergonha agora. Mas vou continuar... Confesso que até hoje não sei o que significa aquela estranha frase, mesmo ficando na minha mente por tanto tempo. E nem desconfio!

Na época eu apenas concordava com aquilo que o moleque caiçara dizia sempre que íamos iniciar uma partida, achando que fosse uma regra indispensável do jogo, mas que não fazia diferença nenhuma na disputa, pois não alterava em nada o resultado, seja para qual fosse o lado. Outro fato que tornava a situação ainda mais esquisita e até engraçada!

Mas você acha que eu, no auge da minha quase profissionalização no esporte e no topo da maturidade infantil, iria arriscar perguntar ao cara o que aquilo queria dizer, me expondo imediatamente ao ridículo e correndo um seriíssimo risco de ser expulso da turma? Nem pensar! O último teba não é avuão, está ótimo assim e não se fala mais nisso! Pronto.

Aquilo não mudou em nada minha vida, mas talvez, se eu tivesse perguntado, viria a sofrer meu primeiro bullying, até antes da palavra virar moda, mesmo quase ninguém sabendo bem o que é! Igualmente a novos termos como scrap, hashtag, fail whale, spitters e até twitter que hoje muito se usa, mas que há pouco tempo ninguém fazia ideia do que era!

Desse jeito, acho melhor ir se atualizando depressa com as novas palavras, antes que comece a ser zuado até por crianças recém-nascidas que já vem com esse conhecimento no DNA, mas que provavelmente estranharão termos como butigão ou carambola, relacionados ao primitivo jogo de fazer entrar, em três buracos, bolinhas de vidro.

Vê na internet as coisas que citei. Na mão de qualquer criatura nanica, hoje, há um celular Wi-fi! O que, de certa forma, acho ótimo. Pois acabaram os casos de engasgo com bolinhas de gude! Agora elas se entopem é de informação. Irá encontrar o que os meninos das cavernas diziam, mas faltará o prazer que os velhos jogos davam e que não voltam mais.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aguenta coração

Quantas vezes bate um coração durante a vida? Essa é uma curiosidade que sempre tive, mesmo sabendo que esse tipo de cálculo foge totalmente do conceito exato da matemática, exatamente por que os problemas que podem comprometer o resultado são muito mais graves que qualquer equação e de difícil previsão, se feita só por cálculos humanos.

Ou acha que dá para prever, com álgebra, quando partiremos dessa para melhor (na opinião dos espíritas); quando bateremos as botas (segundo os mais velhos); o dia do embarque para a terra dos pés juntos (conforme os ainda mais antigos); a data que descansaremos (para quem acha que tudo acaba aqui) e o juízo final (versão dos crentes)? Impossível!

Mas nada como a internet para ajudar! Então vamos lá: Em média um coração bate 70 vezes por minuto. Isso dá 4.200 vezes por hora e 100.800 por dia! Sendo a expectativa de vida do brasileiro, 72 anos, significa 2.6280 dias de pulsação, num total aproximado de 2.649.024.000 (mais de dois bilhões!) de batimentos deste músculo, no decorrer da vida!

A verdade é que não dá para acreditar piamente nestes números (e aquele que fizer isso, vai enlouquecer tentando contar), apesar de não deixar de ser bem curioso imaginar que, este essencial órgão, pode parar a qualquer momento como se fosse uma engrenagem, qual foi dada corda em determinado momento e parará quando nunca se espera.

Junto com o cérebro, ele é o que mais trabalha, e sofre, para manter tudo funcionando. Já nasce a mil; acelera mais quando seu dono vai crescendo e o submetendo a surpresas que vão desde as amorosas (ao encontrar o humano amor ou o time, que é sua paixão) até a inevitável paradinha (graças a um infarto) que o faz voltar depois de quase parar.

Azar daqueles que têm um desses mole. Sofre mais; chora à toa e poucos o reconhecem como uma pessoa boa. Sorte de quem têm um duro. Nunca padece e até parece mais forte para a morte, que se atrasa a chegar, dando tempo para a vida, por si só, o castigar! Se nossos órgãos fossem enumerados, ele poderia ser o 13! Número adorado ou odiado.

O meu, depois de 670 dias de check-up forçado, repousando sem descanso, voltou a acelerar num dia 13, que não era sexta-feira e por isso foi por positivo motivo! Uma data em que parte da minha vida foi devolvida ao som de Rise (Aumento) e Time Enough for Tears (Tempo de lágrimas). Não sei quantos batimentos faltam, mas vou aproveitar até o fim.